Laudo confirma que menino arremessado de ponte pelo pai ainda estava vivo no momento da queda


Perícia também aponta tentativa de estrangulamento; pai confessou o crime como vingança contra uma ex-companheira

Um laudo do Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmou que Théo Ricardo Ferreira Felber, de apenas 5 anos, estava vivo no momento em que foi lançado pelo próprio pai de uma ponte sobre o Rio Vacacaí, em São Gabriel, no Rio Grande do Sul. O crime aconteceu no dia 25 de março e chocou o país pela brutalidade.

Segundo o documento da necropsia, a causa da morte foi traumatismo crânio-encefálico, causado pelo impacto da queda sobre pedras, já que o nível do rio estava baixo. A perícia também encontrou sinais de eganadura no pescoço da criança, interrompendo uma tentativa de estrangulamento anterior ao arremesso da ponte.

Tiago Ricardo Felber, de 40 anos, pai da vítima, confessou o crime à polícia. De acordo com o depoimento, ele cometeu o assassinato como forma de vingança contra sua ex-companheira, Abigail Luisa Ferreira, com quem tinha um histórico de desentendimentos e agressões. Após a separação do casal em dezembro do ano passado, Abigail chegou a registrar um boletim de ocorrência contra Tiago, relatando episódios de violência.

Théo morava com a mãe em Nova Hartz, mas foi convencida pelo pai a deixá-lo passar alguns dias com ele para comemorar o aniversário da criança. A investigação aponta que Tiago tentou sufocar o filho em casa, mas não conseguiu. Em seguida, andou de bicicleta com o menino por cerca de três horas até chegar à ponte, onde cometeu o crime, por volta do meio-dia, no dia do aniversário de Théo.

Segundo Tiago, a intenção era que o filho morresse afogado. No entanto, como o nível do rio estava baixo, o menino caiu sobre as pedras, causando danos fatais. Após o crime, o autor ainda invejou um áudio cruel para a mãe da criança, dizendo: "Viu, guria, seje forte. Fiz uma loucurinha agora, tá? Guenta o coração agora para o resto da vida. Atirei o Théo lá embaixo da ponte agora."

Perícias realizadas na residência onde Tiago estava com o menino não encontrou vestígios de sangue, reforçando que as lesões fatais ocorreram no momento da queda. O resultado completo da necropsia deverá embasar a conclusão do inquérito pela Polícia Civil, que será encaminhado ao Judiciário para responsabilização do autor.

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