O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que existe a possibilidade de ser preso por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) e criticou o que chamou de “insegurança jurídica” no país. A declaração foi feita durante entrevista à rede AuriVerde, na qual Bolsonaro comentou uma reportagem publicada na coluna de Paulo Cappelli, no portal Metrópoles.
De acordo com a publicação, o ministro Alexandre de Moraes enviou um despacho à Procuradoria-Geral da República (PGR) no dia 18 de março, solicitando que o órgão avaliasse a necessidade de prisão preventiva do ex-presidente. A medida poderia ser decretada para garantir a ordem pública e a instrução processual.
Durante uma entrevista, Bolsonaro revelou que já orientou seus motoristas a evitarem passar pela próxima embaixada, em referência às especulações anteriores sobre uma possível fuga para a Embaixada da Hungria. “Até já avisei quem trabalha comigo, dirigindo meu carro, para nem passar perto de embaixadas. Alguns me criticaram lá atrás, achando que eu ia fugir para a Embaixada da Hungria […] A possibilidade [de ser preso] existe. Nós vivemos uma completa insegurança jurídica. Estou com várias cartas que chegam de presos políticos. Cada um tem um drama”, declarou.
A notícia-crime contra Bolsonaro, que motivou a análise do STF e o envio do despacho à PGR, não revelou detalhes divulgados. Caso a Procuradoria entenda que a prisão preventiva é necessária, o ministro Alexandre de Moraes poderá tomar medidas nesse sentido.
As prisões preventivas são decretadas antes do julgamento e têm duração indeterminada, sendo aplicadas quando há risco de comprometimento das investigações ou ameaça à ordem pública. O ex-presidente ainda não se manifestou oficialmente sobre um eventual pedido da PGR de favor de sua prisão.
