O Banco Central (BC) confirmou que o Pix parcelado, nova modalidade de pagamento digital, entrará em operação a partir de setembro de 2025. A novidade permitirá que consumidores comprem produtos ou serviços de forma parcelada, com cobrança de juros pelas instituições financeiras. No entanto, o BC ressalta que não pretende substituir o cartão de crédito com essa iniciativa.
Segundo o órgão, o Pix parcelado será uma linha de crédito formal. A ideia é ampliar as opções disponíveis para o consumidor, incentivando a concorrência entre os bancos e promovendo condições mais vantajosas de parcelamento. “Quem paga juros no Pix parcelado é o consumidor. Contudo, espera-se que os bancos ofertem linhas de crédito em que o valor final do bem no Pix parcelado, mesmo com a cobrança de taxa de juros, seja menor ou igual ao valor final do bem no parcelado sem juros usando cartão de crédito”, afirmou o Banco Central.
Como vai funcionar o Pix parcelado
A modalidade permitirá que o comprador obtenha crédito diretamente com o banco onde possui conta, para parcelar o pagamento de uma transação via Pix. O vendedor, por sua vez, continuará recebendo o valor total da venda de forma imediata — assim como já acontece nas transações atuais do Pix.
Apesar de algumas instituições já oferecerem soluções semelhantes, o BC vai padronizar as regras do Pix parcelado a partir de setembro. Essa padronização tende a aumentar a transparência e fomentar a competitividade entre os bancos.
A operação seguirá os mesmos princípios das demais linhas de crédito: cada instituição financeira poderá definir as condições de concessão, os juros aplicados e os procedimentos em caso de inadimplência, com base no perfil de risco do cliente.
O Pix parcelado poderá ser utilizado não apenas para compras, mas também para transferências entre pessoas físicas ou jurídicas.
Com a chegada do Pix parcelado, o Banco Central reforça seu compromisso de modernizar o sistema financeiro brasileiro, mantendo o foco na inclusão, agilidade e redução de custos — sem abrir mão da segurança e do controle de riscos.
