Imposto de Renda: veja oito armadilhas que podem te colocar na malha fina


 Até ao dia 30 de maio, os contribuintes deverão declarar ao fisco os seus rendimentos referentes ao ano de 2024, mas essa pode ser uma tarefa complicada perante a burocracia e as mudanças nas regras.

Todos os anos, quando chega a época da declaração do Imposto de Renda (IR), muitas dúvidas e informações erradas provenientes da circular. Mitos sobre quem precisa declarar, quais os rendimentos que devem ser informados e como reduzir a tributação legalmente podem levar os contribuintes a cometer erros e, em alguns casos, até pagar mais imposto do que deveriam. 

O especialista em contabilidade internacional e CEO da Digiwork Inteligência Contábil, Rafael Mafra, destaca que muitos independentes, por exemplo, não fazem o Carnê-Leão mensal e acabam pagando mais do que deveriam. “Da mesma forma, a falta de registo de reformas em imóveis pode aumentar o imposto na venda do bem”, alerta. Para esclarecer os principais equívocos e ajudar o contribuinte, Mafra desmistificou alguns dos mitos mais comuns sobre o Imposto de Renda.

  1. Apenas quem ganha acima do teto de autorizado precisa declaração

Mito! Embora a renda seja um dos critérios de obrigatoriedade da declaração, outros fatores também exigem que a contribuição entregue o IR. “Alguns exemplos são possuir bens acima do valor base, vender um bem com ganho de capital, operar na bolsa de valores ou ter rendimentos isentos acima do limite estipulado pela Receita Federal”, cita Mafra. 

  1. Idosos são automaticamente isentos

Não é bem assim. Aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que receberam até R$ 2.824 por mês no ano passado não serão obrigados a entregar a declaração do IRPF 2025. “Porém, qualquer valor que ultrapasse esse limite, mesmo que recebido por um idoso, pode ser tributado normalmente”, destaca o contador. 

  1. Posso atualizar o valor do meu imóvel conforme a valorização do mercado

Errado! O valor do imóvel na declaração deverá ser o mesmo que foi pago na aquisição, salvo casos de benfeitorias comprovadamente comprovadas. Atualizar o valor de acordo com o mercado pode levar a problemas com a Receita Federal.

  1. Ao vender um imóvel, basta zerar o bem na declaração

Não! Se houver ganho de capital na venda, é necessário apurar o imposto devido e, se aplicável, utilizar benefícios de redução e isenção. "Muitos gastos acabam pagando mais imposto do que deveriam por não conhecer essas regras. Por isso é sempre importante contar com o auxílio de um especialista", alerta Mafra. 

  1. Se o imóvel não tem escritura, não preciso declará-lo

Falso! O bem deve ser declarado assim que houver a posse, mesmo que ainda não tenha sido formalmente registrado em cartório.

  1. MEI não paga Imposto de Renda

"Depende! O MEI está isento de IR sobre a receita bruta da sua empresa, mas se tiver rendimentos tributáveis ​​acima do limite de autorizações ou lucros que ultrapassem a parcela isenta, precisa declarar e pode ter imposto a pagar", explica o CEO da Digiwork. 

  1. Se não recebeu o relatório de rendimento, não é preciso declarar

Errado! "Vale ressaltar que a responsabilidade de reunir todas as informações financeiras é do próprio contribuinte. A ausência do relatório não é uma obrigação de declaração, e não informar corretamente os rendimentos pode levar à malha fina", ressalta. 

  1. Ainda existe uma Declaração de Isento

Não. Esse documento foi extinto há anos. Hoje, todos os contribuintes precisam verificar se se enquadram nos critérios de obrigatoriedade da Receita Federal.

Como evitar erros e garantir uma declaração correta?

Deixar a declaração do IR para a última hora ou confiar apenas em informações superficiais pode custar caro. "O Imposto de Renda exige conhecimento e estratégia. Muitos contribuintes acabam pagando mais do que deveriam por não aproveitarem benefícios fiscais ou por erros no preenchimento", explica o CEO da Digiwork Inteligência Contábil, Rafael Mafra. “Ter o suporte de um contador que vá além do simples preenchimento da declaração faz toda a diferença, garantindo não apenas conformidade com a Receita Federal, mas também economia tributária dentro da legalidade”, finaliza. 

Sobre a Digiwork 

A Digiwork é uma empresa de inteligência contábil fundada em Blumenau em 1991, pela família de Rafael Mafra. Atualmente, a empresa, além da Matriz em Blumenau, também conta com uma filial em Indaial e possui cerca de 30 funcionários, e mais de 300 clientes, atendendo fisicamente clientes em diversos Estados. 


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