Erechim declara Situação de Emergência devido à estiagem


O município de Erechim decretou Situação de Emergência em razão da estiagem que afeta a região. O decreto, assinado pelo prefeito Paulo Polis na segunda-feira (24) e publicado nesta terça-feira (25), foi embasado nos dados do Formulário de Informações do Desastre (FIDE), parecer da Defesa Civil e relatório técnico da Emater/RS - Ascar, que apontam sérios prejuízos econômicos e sociais.

Impactos da estiagem

A falta de chuvas nos últimos meses reduziu significativamente o índice pluviométrico, ficando muito abaixo da média histórica. Isso resultou na escassez de água potável para consumo humano e impactou diretamente a produção agropecuária do município.

O relatório da Emater aponta perdas expressivas em diversas culturas, como:

  • 30% na cultura de milho;

  • 30% na cultura de milho silagem;

  • 35% na cultura da soja;

  • 50% na olericultura (hortaliças);

  • 50% na cultura do feijão segunda safra.

Os prejuízos materiais e econômicos somam aproximadamente R$ 25.478.080,00. Além das lavouras, a pecuária também enfrenta dificuldades, com queda de 30% na produção de leite, resultando em um prejuízo financeiro estimado em R$ 1.286.250,00. A bovinocultura de corte também está sendo afetada, devido à precariedade das pastagens, que sofrem com o déficit hídrico.

Abastecimento de água e medidas adotadas

O decreto será encaminhado ao Governo do Estado para reconhecimento. O prefeito Paulo Polis destacou que a equipe municipal monitora a situação desde o final de 2024, buscando minimizar os impactos da estiagem, especialmente para os criadores de animais.

Polis também alertou para a necessidade do uso racional da água. "Estamos atentos à barragem de captação de água do município, administrada pela Aegea/Corsan. Caso não haja chuvas significativas nos próximos 30 dias, podemos entrar em uma situação crítica", afirmou.

Outro ponto levantado pelo prefeito foi o desperdício de 30% da água tratada devido à falta de manutenção na rede de distribuição, conforme apontado pela Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Erechim (AGER). "Isso é algo que não podemos mais aceitar", frisou Polis.

Postagem Anterior Próxima Postagem