A Justiça decidiu reabrir o caso do duplo homicídio ocorrido em maio de 2018 na região de Guatambu, oeste de Santa Catarina. As vítimas, Francieli Rodrigues, de 15 anos, e Jaqueline Dall'Acqua Rodrigues, de 23 anos, eram moradoras de Chapecó e desapareceram no dia 12 de maio daquele ano. Apesar dos sobrenomes em comum, as duas não eram parentes, apenas amigas, e foram vistas juntas pela última vez na manhã do desaparecimento.
Dois dias depois, em 14 de maio de 2018, o corpo de Francieli foi encontrado carbonizado às margens da estrada de acesso ao município de Planalto Alegre, próximo à SC-283. A identidade da vítima foi revelada posteriormente por exame de DNA. No local do crime, os peritos tentaram convencer que indicavam um homicídio brutal: o adolescente estava com as mãos amarradas e a boca amordaçada com fita plástica. A causa da morte foi um golpe de arma branca no pescoço, possivelmente causado por um canivete queimado encontrado próximo ao corpo. Também foram colocados um martelo parcialmente carbonizado, um cobertor estampado e um cordão da Chapecoense com três chaves.
As investigações da Polícia Civil levaram a um suspeito de 27 anos, natural de Iraí/RS, morador do loteamento Di Fiori, na divisão entre Chapecó e Guatambu. No local onde ele residia, foram encontrados elementos que o vinculavam ao crime, como uma motocicleta relacionada a uma das chaves achadas junto ao corpo e um cobertor semelhante ao que envolvia a vítima. Exames periciais detectaram vestígios de sangue em um dos quartos da casa, reforçando a hipótese de que o crime ocorreu lá.
O suspeito foi acusado após o homicídio, sendo capturado somente em 9 de setembro de 2018. Em 23 de julho de 2021, ele foi julgado e condenado a mais de 18 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificados, fraude processual e destruição e ocultação de cadáver.
Agora, novos elementos levaram a Justiça a reabrir o caso, trazendo liderança para os familiares das vítimas em busca de respostas definitivas sobre os crimes.
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