Alexandre Padilha retorna ao Ministério da Saúde com desafios urgentes


Alexandre Padilha reassumiu, nesta segunda-feira (10), o comando do Ministério da Saúde, trazendo consigo uma vasta experiência na gestão pública e uma série de desafios prioritários. Entre as principais questões a serem enfrentadas estão a redução das filas de espera no Sistema Único de Saúde (SUS), o combate à dengue e a necessidade de fortalecer a integração política para viabilizar políticas públicas essenciais.

Redução das filas de espera no SUS

Uma das principais metas de Padilha é acelerar a implementação do Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE), lançado em abril de 2024. O objetivo do programa é ampliar a oferta de consultas, exames e cirurgias especializadas no SUS, reduzindo o tempo de espera para tratamentos essenciais em áreas como oncologia, cardiologia e ortopedia. Apesar de ter atingido 99% dos municípios até fevereiro de 2025, a execução do programa foi criticada por sua lentidão, fator que contribuiu para o resultado da ministra anterior, Nísia Trindade.

Combate à dengue

Outro desafio crucial é o controle da dengue. Em 2024, o Brasil registrou um número recorde de casos e óbitos decorrentes da doença. Nos primeiros 50 dias de 2025, houve uma redução de 65% nas infecções em comparação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, os números ainda estão acima dos registrados em 2023. A chegada de Padilha ao ministério ocorre em um período crítico, marcado por calor e chuvas intensas, condições adequadas à proteção do mosquito Aedes aegypti. Fortalecer as estratégias de combate ao vetor será essencial para evitar novos surtos da doença.

Aumento das taxas de vacinação

A baixa adesão da população às campanhas de vacinação tem sido uma preocupação crescente. Desde 2023, o desperdício de 58,7 milhões de doses de imunizantes gerou um prejuízo de R$ 1,75 bilhão aos cofres públicos. Reverter esse cenário e aumentar a cobertura vacinal são desafios que Padilha deverá enfrentar com prioridade.

Articulação política e gestão de recursos

Padilha também terá a missão de aprimorar a articulação com o Congresso Nacional. Sua antecessora teve dificuldades nesse aspecto, especialmente na liberação de palavras e emendas parlamentares. Para garantir o financiamento adequado e a implementação das políticas de saúde, será fundamental estabelecer um diálogo eficaz com os parlamentares.

Gestão dos hospitais federais no Rio de Janeiro

Outro ponto sensível da nova gestão será a administração dos hospitais federais no Rio de Janeiro, que enfrentarão denúncias de irregularidades ao longo de 2024. Padilha precisará adotar medidas de restrição e melhorar a gestão dessas unidades, garantindo atendimento de qualidade para a população.

Melhoria na comunicação governamental

Fortalecer a comunicação institucional do Ministério da Saúde também está entre as prioridades. Em um momento de baixa popularidade do governo, é essencial que ações e programas de massa sejam divulgados de forma eficaz, ampliando a transparência e o engajamento da população.

Com experiência prévia como ministro da Saúde e um histórico de atuação política, Alexandre Padilha assume a carga com a missão de enfrentar esses desafios e promover avanços inovadores no sistema de saúde brasileiro.

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