Mulher morre após aborto em Chapecó, e Polícia Civil investiga o caso



A Polícia Civil de Chapecó está investigando a morte de uma mulher de 35 anos, mãe de quatro filhos, que faleceu devido a complicações decorrentes de um aborto realizado de forma clandestina. O caso ocorreu em setembro de 2024, mas as autoridades tomaram conhecimento dos fatos somente após o marido da vítima encontrar uma carta escrita por ela, revelando a gravidez e as circunstâncias que levaram à sua morte.

As investigações apontam que a mulher estava com aproximadamente 12 semanas de gestação e não havia informado o marido sobre a gravidez. Para interromper a gestação, ela buscou a ajuda de familiares e amigos próximos. Pelo menos três pessoas conhecidas da vítima, além de uma mulher que teria trazido um medicamento abortivo de fora do país, foram identificadas e estão sendo investigadas.

O medicamento utilizado, segundo a apuração da polícia, continha a substância misoprostol, presente no Cytotec, que pode causar contrações uterinas e sérios efeitos sobre a gravidez. Após o uso da substância e a realização de procedimentos abortivos, a vítima apresentou complicações graves e procurou atendimento médico. No entanto, seu estado de saúde já estava comprometido, resultando em uma infecção generalizada que levou ao óbito no hospital.

Na última semana, a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) de Chapecó cumpriu mandados de busca e apreensão em cinco residências de suspeitos que teriam auxiliado a vítima no procedimento. As investigações seguem em andamento para esclarecer todos os detalhes do caso.

Os envolvidos podem responder pelo crime de aborto provocado com o consentimento da gestante, cuja pena pode chegar a quatro anos de reclusão. Como a vítima veio a óbito, a pena pode ser triplicada.

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